O vaginismo é definido como dificuldades persistentes ou recorrentes da mulher em permitir a entrada vaginal de um pênis, dedo e/ ou qualquer objeto, apesar do desejo expresso da mulher de fazê-lo. Clinicamente, as pessoas com vaginismo apresentam frequentemente graus variados de aumento do tônus muscular do assoalho pélvico e contrações involuntárias dos músculos do assoalho pélvico, o que torna a penetração vaginal difícil, dolorosa ou impossível.
A definição de vaginismo tem sido alvo de debate na comunidade médica. A última edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) agrupou vaginismo e dispareunia sob um único diagnóstico, o ‘distúrbio de dor/penetração genito-pélvica'(GPPPD). Essa mudança, embora simplificadora, tem sido criticada por dificultar a distinção entre o vaginismo e outras condições dolorosas, como a vestibulodinia (dor na entrada da vagina, provocada pelo toque ou pressão).
A importância de um diagnóstico preciso para pacientes com esses sintomas é fundamental, pois muitas pacientes se sentem ignoradas ou rejeitadas pelos profissionais de saúde. E nós estamos aqui para dizer que você não está sozinha e podemos te ajudar.
As causas do vaginismo são diversas e podem incluir:
A fisioterapia pélvica é uma especialidade que atua no tratamento do vaginismo de forma eficaz e segura. O fisioterapeuta especializado em uroginecologia utiliza diversas técnicas para relaxar a musculatura pélvica e promover a consciência corporal, como:
Exercícios de relaxamento: Técnicas de respiração profunda, meditação e visualização para reduzir a tensão muscular.
Massagem perineal: Massagem suave na região do períneo para aumentar a sensibilidade e o relaxamento muscular.
Biofeedback: Utilização de aparelhos para monitorar a atividade muscular e auxiliar a mulher a controlar a contração e o relaxamento dos músculos pélvicos.
Dilatadores vaginais: Uso gradual de dilatadores de diferentes tamanhos para alongar a musculatura vaginal e reduzir a dor.
Eletroestimulação: Aplicação de corrente elétrica de baixa intensidade para melhorar a vascularização da musculatura pélvica e promover o relaxamento.
Redução da dor: A fisioterapia ajuda a aliviar a dor e o desconforto durante a relação sexual.
Relaxamento muscular: Promove o relaxamento da musculatura pélvica, facilitando a penetração.
Aumento da consciência corporal: Ajuda a mulher a identificar e controlar a tensão muscular.
Melhora da qualidade de vida: Resgata a autoestima e a satisfação sexual.
É importante ressaltar que o tratamento do vaginismo é individualizado e requer acompanhamento profissional. O fisioterapeuta irá avaliar cada caso e definir o plano de tratamento mais adequado.
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O vaginismo é uma condição tratável e a fisioterapia pélvica é uma excelente opção para as mulheres que buscam melhorar sua qualidade de vida sexual. Com o tratamento adequado, é possível superar o vaginismo e ter uma vida sexual mais prazerosa e satisfatória.
Referências:
Royal Australian College of General Practitioners 2024
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 40
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